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domingo, 30 de janeiro de 2011

Espiritismo e Umbanda & Conceitos Sobre Mediunidade

 
Em resposta ao Dr. Sálvio Olivedo

A Importância da Umbanda e do Espiritismo
Apenas através de uma análise antecipada sobre a histórica da formação da Umbanda é que se conseguirá plenamente compreender o que aqui é exposto.
Através de participação de estudos ora no Kardec Online, com mais de 6000 participantes de todo o Brasil e do mundo. E através do ICEF – com aproximadamente 1500 participantes igualmente, do mundo inteiro. Observo movimento cada vez mais constante de espíritas frequentadores também das Casas Umbandistas. Bem como de umbandistas, frequentando os Centros Espíritas em seus trabalhos doutrinários. Alguns desses ao serem perguntados sobre a sua religião dizerem-se das duas religiões ao mesmo tempo. Outros dizendo-se dessa ou daquela, mas o que é mais importante, praticando ambas. Disse: “praticando ambas...”.

Mas qual é a diferença entre elas?

1- Muitos dirão que a diferença maior existente é que o Espiritismo através de Allan Kardec, veio ao mundo codificado. Isso quer dizer: “com normas a serem cumpridas”. Enquanto que na Umbanda há um número reduzido de normas, caso a casa religiosa queira com dignidade se intitular de Casa Umbandista. Exemplificando o que acima se expôs. O Espiritismo veio a Terra com uma Constituição ampla e bem definida, como a do Brasil, atualmente. Enquanto que a Umbanda veio com a sua Constituição pequena, assemelhando-se a Constituição dos Estados Unidos.
2- Na Umbanda, uma vez que ela foi fundada em 1908 dentro de todos os preconceitos e atrasos de nossa sociedade (Ver: Costumes e tradições do Brasil em 1908). E sua formação no Brasil foi coordenada, espiritualmente, através de um padre que em sua última existência na Terra nasceu em solo brasileiro como um índio. Houve a introdução do culto as imagens, como fazem os nossos irmão católicos.
3- Nos trabalhos mediúnicos da Umbanda, as vezes, se utiliza de material físico. (frutas e outros acessórios (jamais o sacrifício de qualquer tipo de vida)). Enquanto no Espiritismo apenas se utiliza energia.
4- Ainda no campo mediúnico, sem deixar de reconhecer a importância de todos os tipos e formas existentes da mediunidade. A Umbanda em seu cotidiano utiliza a psicofonia ou xenoglossia e a utilização dos passes.

E quais são as similitudes entre elas?

1- A prática da máxima: “Fora da Caridade não há Salvação”
2- Os mesmo conceitos espiritualistas
3- O estudo das mesmas obras literárias


Se houve a necessidade de em 1908 surgir os ensinamentos através do médium Zélio Fernandino de Moraes. Isso, em plena Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro. Formando a Umbanda como outra religião e não ampliando a prática Espírita nas casas espíritas nacionais. Não foi pelo fato de o Espiritismo não aceitar o que através desse médium, o Padre Gabriel Malagrida expôs. E o fato dele se autodenominar de Caboclo (índio) das Sete Flechas, foi exatamente para afrontar a médium vidente que o estava vendo com as vestes de jesuíta. Mas ao vê-lo defendendo os antigos escravos e índios, os seus costumes e tradições mundanos falaram mais alto, não aceitando o que ele dizia. Conforme o leitor poderá reler esse episódio.

Olhando para o presente e para frente sem mais nos basearmos nas falhas próprias de nossos passados infelizes. Hoje, o Espiritismo e a Umbanda tem a missão de levar a cada vez mais pessoas a se conscientizar das realidades espirituais. Bem como de nossas obrigações enquanto encarnados.

Marcílio F. da Costa Pereira
Curitiba-PR-Brasil

MATÉRIA SOBRE MEDIUNIDADE

HISTÓRIA DA MEDIUNIDADE

No oriente e ocidente, sempre observamos ao longo da história, a comunicabilidade de nós, encarnados, com o mundo espiritual. Servindo como exemplos claros dessa comunicabilidade, o Código de Manu e o Código de Vedas. Igualmente, são exemplos vivos de personalidades tais como: Hermes, Buda, Sócrates, Platão e Pitágoras.  Que plenamente foram favoráveis sobre os fenômenos mediúnicos. Outros exemplos de conhecimento de todos, tais como. Joana D´Arc foi que atuou em prol da Franca, como grande médium.


MEDIUNIDADE NOS POVOS PRIMITIVOS
O xamanismo é a forma mais antiga que a humanidade teve para se conectar com o mundo espiritual. As origens do xamanismo data entre 40.000 a 50.000 anos. Ainda na Idade da Pedra. Sendo caminho de auto conhecimento, através de rituais, cerimônias, preces, meditação e, acima de tudo, vivência.
Povos primitivos e civilizações milenares já praticavam rituais, onde o sacerdote da tribo, geralmente conhecido por  xamã ou pajé, através de estados alterados de consciência, viajava ao mundo dos espíritos, na busca de orientações de ordem espirituais e materiais, de grande importância para a  tribo.
O xamanismo é uma prática espiritual de povos nativos, e para sobreviverem, eram caçadores. Necessitavam, assim,  eliminar vidas a fim de ter meios de garantir suas próprias vidas.
A visão xamânica do equilíbrio cósmico baseia-se na necessidade de pagar pelas almas dos animais abatidos para a sobrevivência de sua aldeia. Esses povos nativos acreditavam em um espírito senhor dos animais, guardião de todas as espécies, representante de sua alma ou essência coletiva. Sendo esse o Grande Espírito que concede a caça aos caçadores. Mas, exigindo em troca, princípios morais a serem seguidos. Cabendo ao xamã, estabelecer essa negociação, visando a perfeita harmonia do cosmo. Sendo considerado o mais antigo conjunto de tradições, crenças,  disciplinas espirituais e métodos de cura de toda a humanidade. É, uma prática espiritual, onde se entra em contato com espíritos ancestrais, através de estados alterados  de consciência, na busca de esclarecimentos das mais diversas ordens.
Historicamente observa-se que o xamanismo não é uma prática exclusiva de povos indígenas. Sendo uma técnica de êxtase à disposição de um grupo considerado “especial” em relação a tudo o que é sagrado, sendo encontrado em muitas religiões.
O Xamã é um intermediário entre o céu e a terra. O mundo dos espíritos ancestrais, acreditavam ter influência no mundo dos vivos. Segundo eles, tal como os homens caçam os animais, também os espíritos caçam almas humanas e é exatamente essa perda da alma que caracteriza a doença ou a morte. Cabendo ao xamã, através do uso de certos rituais e objetos sagrados, atingir estados alterados de consciência e entrar em contato com o mundo dos espíritos, na procura, nem sempre atingida, de resgatar essa alma e devolve-la, sadia, ao corpo. Resumidamente pode-se concluir que o xamã é o grande especialista da alma humana, uma vez que conhece sua forma e seu destino.


MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADE

CELTAS: Os celtas constituíam-se por um povo altamente avançado. Sua sociedade culturalmente evoluída, estruturada a partir da religião que tinha uma evoluída cosmovisão. Tinham no druidas, seus sacerdotes. Sendo que esses pregavam o monoteísmo, reencarnação, livre arbítrio, imortalidade da alma. lei de causa e efeito e o mundo espiritual. Inclusive, não se cultuando as penas eternas.
No primeiro século antes de Cristo. Esse povo se encontrava na Grã-Bretanha, Galha e Irlanda. Sendo com a invasão romana. A Grã-Bretanha teve uma parte pequena de seu território conquistada. Mas a Gália, sofreu fortemente com os romanos.
É curiosamente muito semelhante os princípios religiosos dos celtas, com os princípios Espíritas. Infelizmente, contudo, pela ausência da prática da escrita. Há uma insuficiência de documentos sobre esse maravilhoso povo, bem como sua religião e cultura.

EGITO: Igual as práticas religiosas na Índia antiga. As faculdades mediúnicas no Antigo Egito eram efetuadas no interior dos templos sagrados, em total proibição que outras pessoas viessem a saber.  Qualquer indiscrição acarretaria na execução da pena de morte, ao infrator.
Os magos dos faraós, no antigo Egito, eram os que efetuavam a comunicação com os mortos, através de evocações. Sendo essa prática comercializada, comumente. O que obrigou Moisés a proibir tal prática, como consta no Livro do Deuteronômio: “Que entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade.”  Por saberem manipular os potenciais mediúnicos que possuíam. Eram os Sacerdotes os verdadeiros mandatários do  Egito. Visto que eram eles que, verdadeiramente, escolhiam os seus governantes.   Eles conheciam assuntos tais como o sonambulismo, magnetismo, processos de curas através do sono induzido, clarividência. Prática de magias, entre outros. Facilmente concluímos, que eram de uma evolução científica extraordinária.

GRÉCIA: A figura da pitonisa, encarregada de proferir oráculos evocando os deuses era presença frequente em todos os templos gregos.

GRECO-ROMANO: Em Roma cultuava-se os oráculos, que eram conhecidos como ARÚSPICES. Esses interpretavam as respostas dos deuses pelo exame das vísceras de animais sacrificados e os fenômenos da natureza. Na Grécia, O mais famoso oráculo da  foi o santuário de Apolo, em Delfos.

ÍNDIA
Sacerdotes brâmanes, preparavam pessoas, denominadas, faquires.  Para atingirem os mais diversos fenômenos mediúnicos. Tais como a levitação,  insensibilidade hipnótica para impedir a sensação de  dor;  a evocação dos espíritos .
O primeiro código religioso.  O Código de Vedas. Encontra-se registros referentes a existência do mundo espiritual. Como a seguir colocamos nesse trabalho: “Os espíritos dos antepassados, no estado invisível, acompanham certos brâmanes, convidados para a cerimônia em comemoração dos mortos, sob uma forma aérea; seguem-no e tomam lugar ao seu lado, quando eles se assentam.”

SUMÉRIA
Na Suméria a medicina era baseada  numa curiosa mistura de ervas e magia, cujas receitas baseavam-se em feitiços para exorcizar os maus espíritos, aos quais se atribuía a causa das doenças.


Detalhando os fenômenos mediúnicos, na atualidade.
As formas de manifestações mediúnicas, são diversas. E, para melhor compreensão devem ser divididos em dois grupos. Os denominados de efeitos físicos. E os denominados efeitos intelectuais.
Os de efeitos físicos, os menos comuns de ocorrerem. Necessita que ocorra a captação ou doação do médium do ectoplasma. Para que haja condições de ocorrer. 

EFEITOS FÍSICOS

ECTOPLASMA
O texto abaixo é fragmento do que encontramos publicado pela Revista Cristã de Espiritismo
De aspecto viscoso, semilíquido e esbranquiçado, é uma substância básica e muito importante para os efeitos de materialização de objetos e espíritos
Para a ciência acadêmica, ectoplasma é a parte da célula que fica entre a membrana e o núcleo ou a porção periférica do citoplasma. Para o cientista Charles Richet, é uma substância que se acredita ser a força nervosa e possui propriedades químicas semelhantes às do corpo físico, de onde provém. Apresenta-se sob um aspecto viscoso, esbranquiçado, quase transparente, com reflexos leitosos, bem como esvanescentes sob a luz. É considerada a base dos efeitos mediúnicos chamados físicos, pois é através dele que os espíritos podem atuar sobre a matéria.
Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exala principalmente do médium de efeitos físicos e um pouco dos outros. Trata-se de uma substância delicadíssima que se situa entre o perispírito e o corpo físico e, embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, servindo de alavanca para interligar os planos físico e espiritual. Historicamente, o ectoplasma tem sido identificado como algo produzido pelo ser humano, que, em determinadas condições, pode liberá-lo, produzindo vários fenômenos.
Aqui, procuraremos detalhar esse assunto, para os que desejarem se aprofundar. Exposto NO APÊNCIE. Com considerações do Dr. Ricardo di Bernardi.
ALGUMAS TERMINOLOGIAS

Ectoplasmia
: Do grego ectós, "fora"; plasma, "coisa formada". Ectoplasmia designa o fenômeno; ectoplasma designa a substância.
Ectocoloplasmia: Termo que foi utilizado para definir a "modelagem" do ectoplasma para formar membros ou partes de pessoas, animais ou objetos.

Fantasmogênese:

Transfiguração: A transformação do próprio corpo do médium por meio do ectoplasma.

          EFEITOS FÍSICOS

MATERIALIZAÇÃO
É o fenômeno mediúnico no qual um espírito desencarnado ou qualquer objeto, não proveniente do mundo físico, torna-se visível e tangível. para que um espírito desencarnado consiga materializar o seu perispírito ou um objeto inexistente no mundo físico, ele tem que fazer uso do ectoplasma.

PNEUMATOGRAFIA
É a escrita direta do espírito, sem a necessidade de utilização das mão do médium. Terminologia utilizada por Allan Kardec para denominar esse fenômeno mediúnico.

PNEUMATOFONIA
Quando  os sons parecem surgir no ar, por vezes entre os que testemunham o fenômeno, que, quando se trata de palavras ou frases, é também chamado de voz direta.

LEVITAÇÃO
É o fenômeno em que, graças à AÇÃO DOS ESPÍRITOS, que se valem dos FLUIDOS de ENCARNADOS e DESENCARNADOS, LEVITAM, suspendem, elevam, total ou parcialmente coisas ou seres humanos ou mesmo animais. (JOÃO TEIXEIRA DE PAULA, in: “DICIONÁRIO DE ESPIRITISMO, METAPSÍQUICA E PARAPSICOLOGIA”).

TRANSPORTE
Deslocamento físico de objetos de outra região para outra. Ocorre por força de intensa combinação fluídica dos Espíritos e do médium.

CURA
A cura pela ação fluídica se dá pela ação da conjugação de fluidos agindo sobre o perispírito e refletindo no equilíbrio do corpo físico.

TRANSFIGURAÇÃO
Mudança do aspecto de um corpo vivo

AGENERE
É uma aparição em que o desencarnado se reveste de forma mais precisa, das aparências de um corpo sólido, a ponto de causar completa ilusão ao observador, que supõe ter diante de si um ser corpóreo.

FORMA-PENSAMENTO
São as idéias projetadas pela mente humana e materializadas no mundo espiritual, construções substanciais na esfera da alma que se mantêm pela força de sustentação de nossos pensamentos.
Considerando que toda e qualquer ação e todo e qualquer pensamento fica registrado na memória vital do espírito e no éter-cósmico, pode-se caracterizar as formas-pensamento como concretizações de pensamentos.
Por exemplo: um homem, num ambiente de trabalho, sente inveja de um colega por este se mostrar mais competente, mais esforçado , portanto, mais solicitado e admirado, a inveja do primeiro cria no éter cósmico uma forma-pensamento própria do sentimento. Essa forma-pensamento pode possuir forma específica, como a de uma faca, de um homem morto, ou pode possuir forma indefinida caracterizando apenas o sentimento pelo qual ela foi gerada.
A forma-pensamento pode se depositar no éter cósmico, ou pode colar-se ao indivíduo invejado, no caso do exemplo supracitado, causando-lhe prejuízos psíquicos e até físicos.  Está aí a explicação científica do famoso "mau-olhado", agouro direcionado a uma pessoa que efetivamente, na maioria dos casos logra prejuízos a outros.
Porém as formas-pensamento não se resumem a sentimentos baixos.
Elas podem se originar de sentimentos nobres como o amor ou a benevolência.
Por exemplo: uma mãe, amando profundamente seus filhos, ao assistir o progresso dos mesmos se enche de alegria e envia formas-pensamento benéficas à eles que podem se caracterizar por imagens alegres como um coração, um rosto sorrindo, ou por formas indefinidas mas de cores vivazes e alegres.


EFEITOS INTELECTUAIS

PSICOGRAFIA
É o movimento das mãos do médium, escrevendo sob a influência direta dos Espíritos, sem interferência da própria vontade. Agem como máquinas a transmitir do invisível para o mundo material.

PSICOFONIA
É o fenômeno mediúnico no qual um espírito se comunica através da voz de um médium

XENOGLOSSIA
É o fenômeno mediúnico no qual um espírito se comunica através da voz de um médium, em língua que o médium não domina, em seu estado normal.

VIDÊNCIA MEDIÚNICA
Possibilita a visualização das coisas e ambientes do mundo espiritual.

AUDIÊNCIA MEDIÚNICA
Quando o médium é capaz de escutar a voz dos espíritos.

INTUIÇÃO
Essa é uma faculdade mediúnica que todos nós, encarnados, possuímos. Com o conhecimento de sua existência, funcionamento, ou não. Resume-se como sendo a nossa capacidade de captar dos espíritos, sugestões benéficas ou não. Ficando ao nosso critério e responsabilidade, praticá-la ou não.


TRABALHANDO COM A MEDIUNIDADE

Herculano Pires, define-a da seguinte forma:  mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre os homens e os Espíritos.

Os sintomas mais comuns da mediunidade em desarmonia, ou seja. Quando ainda desenvolvendo o seu potencial,  são: cérebro perturbado, sensação de peso na cabeça e nos ombros, irritação por qualquer motivo, inquietação, insônia, arrepios, sensação de cansaço geral, calor, falta de ânimo para o trabalho e profunda tristeza ou extrema alegria, sem razão aparente.
Inicialmente, faz-se necessário que o médium conheça os fundamentos da mediunidade, através do estudo dessa matéria, através das leituras e frequência nos trabalhos doutrinários. Seja nos Centros Espíritas ou na sua religião, espiritualista.
Cada médium emprega sua mediunidade de acordo com a sua vontade e a sua consciência. Sem, contudo, escapar da inevitável lei da reação a todos os nossos atos, e suas consequências
A mediunidade é considerada uma faca de dois gumes. Se por um lado é fonte de incontáveis alegrias, por ser uma forma de quitação de pesadas dívidas. Pode ser motivo de grandes quedas. Segundo relato de André Luiz, através de psicografia do médium, Francisco Cândido Xavier. Diz-nos que, infelizmente, apenas 1% dos médiuns que encarnam na Terra, conseguem retornar ao mundo espiritual, como vencedores. A maioria, ao retornarem após as suas jornadas terrestres, voltam acumulando mais dívidas para com as leis divinas. Por não terem, na Terra, conseguido utilizar a mediunidade como era esperado e, totalmente necessário.  Sendo uma oportunidade para o médium, de pagar pesadas dívidas, como já dissemos. E, geralmente, devido a nossa condição de pouca evolução espiritual e muitos débitos. A maioria dos médiuns pediu, suplicou, por essa encarnação dotada com esse dom.  Para, mais rapidamente, conseguir quitar uma quantidade avultada de dívidas que há no pretérito delituoso, de cada um de nós. Através da prática do bem e do amor. E que exige desse, disciplina, retidão de carácter e total comprometimento, para a utilização correta da mediunidade. Há, contudo, um grave e sério risco de nos médiuns imprevidentes e sem estrutura religiosa a lhes orientar. Em virem a aceitar serem pessoas especiais, no sentido de supervalorizarem as suas personalidades, pelo fato de serem dotados de uma mediunidade acima do convencional. Nascendo o orgulho e a vaidade. Que são duas ferramentas que prejudicam e complicam ainda mais, o quadro do espírito reencarnante. E que, inclusive, pode levá-lo a terríveis obsessões e mesmo a morte prematura. Pois, ao invés de se elevar, pagando dívidas através da prática correta da mediunidade. Ele, com o orgulho e vaidade. Consegue, sim, aumentar os seus débitos para com as Leis Divinas.
A mediunidade é aquilo que dela fizermos. Uma bênção para alívio da dor, uma fonte de esclarecimento a encarnados e desencarnados ou uma estrada de sofrimentos e maiores comprometimentos espirituais.

CONSIDERAÇÕES DO DR. RICARDO DI BERNARDI

1- ECTOPLASMA
Considerações sobre Ectoplasma
                                                                         Dr Ricardo Di Bernardi     www.icefaovivo.com.br
1) Conceito: Substância ainda pouco conhecida que flui para fora do corpo humano do médium de efeitos físicos; através da sua manipulação, seja pelo inconsciente ou por inteligências externas encarnadas ou desencarnadas, ocorrem fenômenos de ordem paranormal, incluindo a materialização ou ectoplasmia que pode ser parcial ou completa.
2) Sinonímia: (fontes diversas) atmoplasma éter vitalizado, hilê, ideoplasma, paquiplasma, primeira matéria, psicoplasma, teleplasma.
3) Etimologia: do grego Ektós, por fora e plasma: molde ou substância.
4) Ligação do ectoplasma projetado com emissor: O Ectoplasma expelido apresenta-se ligado ao médium emissor ou ao indivíduo projetado fora do corpo físico como um canal de alimentação. Há impulsos vitais bidirecionais, dando a aparência de um cordão umbilical.
5) Interação corpo físico/ corpo astral: O Ectoplasma ao se evidenciar demonstra uma interação constante entre os dois corpos ou veículos da consciência, o corpo biológico mais denso e o corpo astral ou extrafísico menos denso.
6) Forma: Ao exteriorizar-se por aplicação de passes magnéticos sobre o médium (Experiência de Raoul Montandan) tende a reproduzir a forma humana (antropomórfica) Vide Formé Materialise do autor. Há a duplicação do rosto e das demais formas, seguindo a ação dos campos vitais das células do organismo humano ou modelo organizador biológico (perispírito = corpo astral) consciência dupla de curta duração durante os fenômenos.
7) Instabilidade: No ectoplasma emitido por um sensitivo, observa-se certo equilíbrio instável da forma física humana com a forma humanoide (lembrando a figura folclórica do fantasma).
8) Subordinação à Consciência: As manifestações do ectoplasma são condicionadas a fatores psicológicos, derivados da vontade e da emotividade do comando inteligente, direcionador do fenômeno. Inconsciente do médium, inteligência desencarnada ou encarnada. Vide Projeciologia – Valdo Vieira
9) Semelhança a cordão: À observação, costuma-se ver o ectoplasma na forma de fios ou cordões.
10) Raio de ação: Ao contrário do perispírito ou corpo astral que se projeta à longa distância, o ectoplasma tem raio de ação mais ou menos definido, a partir e em torno do corpo humano do médium.
11) Reabsorção: De natureza muito sensível demonstra tendência automática (programação pelos computadores do corpo astral?) de retornar e ser reabsorvido pelas estruturas de onde emanou.
12) Impacto de retorno: Em condições adversas pode retornar abruptamente ou recolher-se repentinamente.
13) Fenômenos de efeitos físicos: O ectoplasma do médium está relacionado à mediunidade de efeitos físicos sendo manipulado pelos Espíritos desencarnados.
14) Psedoconsciência efêmera e dupla: Médiuns relatam sentirem uma espécie de consciência dupla de curta duração durante os fenômenos.
15) Projeção astral: O fluxo externo de ectoplasma pode ocorrer também quando o médium está em desprendimento embora tal fato não seja o mais frequente.
16) Vias de eliminação: A literatura tradicional considera os orifícios de saída do ectoplasma como os naturais do organismo (boca, ânus, nariz, genitais, etc.), no entanto é possível que o mesmo saia por todos os poros do corpo.
17) Coloração: Esbranquiçada variando de tons mais claros a escuros. Já foi descrita até a cor preta, o que não se observa comumente.
18) Elasticidade: O fluxo do ectoplasma, devido à sua elasticidade, pode espraiar-se a algumas dezenas de metros.
19) Reação Térmica: Abaixa a temperatura do ambiente humano de contato imediato.
20) Sensibilidade ao olhar: Descreve-se a influência do olhar dos circunstantes sobre o movimento do ectoplasma, provavelmente, seria uma ação mental dos presentes.
21) Subordinação aos corpos: físico e etérico. Parece haver menor subordinação ao corpo astral (perispírito) do que ao corpo etérico (corpo vital) e corpo físico. A origem física e etérea do ectoplasma o liga mais aos corpos mais densos.
22) Subordinação ao comando mental: Ao contrário do cordão de prata, que não atende sempre ao comando mental do Espírito, o ectoplasma apresenta-se, extremamente, flexível e domesticável.
23) Adesividade de partículas: O ectoplasma pode retornar ao emissor com partículas estranhas que aderem à sua estrutura, podendo causar reações ao médium. Daí todo cuidado que se deve ter nas sessões mediúnicas.
24) Fotossensibilidade: O ectoplasma é sensível à luz branca comum podendo ser por ela modificado. Razão das sessões de ectoplasmia ou materialização de Espíritos ocorrerem melhor em ambientes com menor iluminação.
25) Densidade alternante: Em função dos fenômenos decorrentes de sua exteriorização, (efeitos físicos) pode apresentar de forma sólida, líquida ou gasosa.
26) Aspecto à observação: Frio, gelatinoso, pegajoso, úmido, aspecto gorduroso e viscoso modificando-se para floculante, difuso, leitoso, líquido, gasoso, plasmático e outros assemelhados.
27) Desagradável ao toque: Alguns pesquisadores referem mal-estar ou repulsa ao tocar o ectoplasma.
28) Odor: Pode apresentar um odor lembrando o gás ozônio.
29) Composição Química: Controversa, conforme cada pesquisador. Já foram descritas substâncias albuminoides, glóbulos brancos sanguíneos, células epiteliais, muco, lipídio, etc. Acreditamos que sejam substâncias externas, eliminadas pelos presentes que aderem ao ectoplasma.
30) Elementos mistos: O ectoplasma apresenta-se como uma mistura de elementos do corpo etérico do médium (fluido vital), que é um elemento humano, elementos provindos de vegetais, provavelmente, direcionados por mentes extrafísicas, e outros elementos extrafísicos (fluidos do mundo astral) e até fragmentos moleculares de tecidos de roupa dos presentes.
31) Fragmentabilidade: Podem ocorrer rompimentos do ectoplasma expelido para análise laboratorial.
32) Materialização: Corporifica veículos ou aparências e desenvolve manifestações orientadas pelas mentes do emissor, dos Espíritos ou de outras pessoas encarnadas.
33) Escala de materialidade:
a) corpo biológico;
b) ectoplasma;
c) cordão de prata e corpo etérico;
d) corpo astral (perispírito);
e) corpo mental;
f) espírito (inconsciente).

2- ORIENTAÇÕES AOS MÉDIUNS

Carne e Trabalho Mediúnico
Dr. Ricardo Di Bernardi  www.icefaovivo.com.br

Os Amigos Espirituais nos falam que é bom evitar carne vermelha nos dias de sessão mediúnica. Dizem eles que a carne dos mamíferos possui energia vital de densidade muito semelhante à nossa, o que levaria a uma aderência maior dessa energia (fluido vital) ao nosso campo de energia vital, ou seja, ao duplo etérico.
Vamos emitir uma hipótese, como exercício de raciocínio e não como “verdade doutrinária”.

- Lembramos que o mamífero foi morto precocemente, portanto cheio de vida, ou seja, de energia vital em seus tecidos. Energia vital que lhe permitiria permanecer nesta encarnação por muitos anos ainda.
Sua carne, portanto, encontrava-se plena de energia vital (fluido vital). Parte desse fluido vital permanece nos matadouros, local muito frequentado tanto por Espíritos enfermos quanto desequilibrados.
Alguns desses Espíritos costumam vampirizar ou sugar essa energia vital que paira no local. Esses Seres desencarnados, tendo o perispírito muito denso e estando em desequilíbrio energético e mental, sentem a necessidade dessas energias mais densas.
Outra parte dessa energia vital, não sendo vampirizada e não retornando à massa de energia do Universo, como ocorre nas mortes naturais, fica impregnada na carne que servirá de alimento ao médium trabalhador.

- Ao ingerirmos a carne (nos referimos em especial à dos mamíferos que são animais superiores), há uma decomposição ou fragmentação digestiva de seus subcomponentes (aminoácidos, etc.), os quais serão absorvidos pelo nosso sangue.
A energia vital, por sua vez, também é absorvida, se encaminhando para o nosso corpo vital (denominação de Kardec) ou corpo etérico (denominação de André Luiz), que é o campo de energia fixadora do perispírito ao corpo biológico.
Esse corpo vital (corpo etérico), ao absorver essa energia vital do mamífero, torna-se mais denso, mais “oleoso”, dificultando o trânsito das energias do corpo biológico para o corpo espiritual (perispírito).

- Esta dificuldade acarretaria:
a) maior dificuldade no desdobramento mediúnico;
b) maior dificuldade na captação de energias espirituais;
c) maior dificuldade na doação de energias pelo passe;
d) maior dificuldade em receber o passe;
e) com o passar dos anos, crescente dificuldade nos aspectos.

Conclusão 01:
Os Mentores Espirituais recomendam não se ingerir carne vermelha, nos dias de sessão mediúnica, por uma razão técnica não por qualquer motivo piegas.

Conclusão 02:
Quando disse Jesus: Atirai vossas redes ao mar, poderíamos entender, também, além do sentido mais amplo desta frase, ser melhor para nós alimentarmo-nos de peixes. Jocosamente, diríamos: é claro, o peixinho é tão limitado psiquicamente, nem pineal desenvolvida possui, um cardume de peixes é quase como um sincício espiritual ou alma-grupo.
Não existe uma individualidade bem constituída em peixes, como já existe em mamíferos. Portanto, o fluído vital dos peixes não tem a mesma característica dos animais superiores.
Seria quase o mesmo que ocorre nos vegetais, em que um conjunto de mudas de grama é constituído de centenas de princípios espirituais, os quais se fundem em um gramado sem individualidade (alma-grupo é uma denominação esotérica, mas, no caso, o nosso raciocínio, como espírita, é o mesmo).
A individualidade só se atinge, conforme Jorge Andréa e outros autores encarnados e desencarnados definem - em nível dos lacertílios (família dos lagartos); e os peixes, pela glândula pineal quase inexistente, ainda não têm essa organização.
Mais adequado ainda, no dia da sessão mediúnica, uma alimentação leve e rica em frutas, legumes e verduras.
 

(
"Evolução em dois mundos" Psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira Ditado pelo espírito André Luiz.)
 
A produção ectoplasmática de um fantasma de pessoa, animal ou coisa, pelo menos aparentemente inteiro.