DIVERSIDADE DOS CARISMAS - (RESUMO)
Sobre Diversidade dos Carismas - Hermínio C. Miranda (Resumo)
Biografia do autor:http://www.espiritnet.com.br/Biografias/biohermi.htm
Obras publicadas:http://pt.wikipedia.org/wiki/Herm%C3%ADnio_Correa_de_Miranda
Estudo sobre a mediunidade, dividido em 3 partes: problemas do médium em potencial, animismo (manifestações do espírito do próprio sensitivo) e mediunidade propriamente dita. A abordagem integra teoria e prática. O autor relata um estudo de caso e confronta casos cientificamente estudados, citando autores espíritas e inclusive não-espíritas com o objetivo de enriquecer, ilustrar e formular suas hipóteses.
Cap. 1 - O médium: eclosão, desenvolvimento e exercício de suas faculdades (Resumo)
O livro se inicia com o autor nos apresentando Regina, personagem que irá nos acompanhar durante todos os capítulos.
Mediante a eclosão dos fenômenos mediúnicos (Regina é médium espontânea), começa então uma busca visando o controle e desenvolvimento apropriados da mediunidade para a prática do bem.
O autor nos mostra que essa parte inicial da mediunidade tem suas dificuldades, focando especialmente a falta de preparo que alguns grupos espíritas apresentam para receber os aspirantes ao trabalho mediúnico.
Identifica que o papel do dirigente é crucial nesse momento, observando o importante papel da observação, do bom senso e da crítica construtiva no desenvolvimento do médium.
Demonstra que uma orientação insuficiente e mal dirigida coloca o médium, já em situação delicada, em conflito e desequilíbrio, podendo mesmo exterminar a faculdade que desponta.
No caso, Regina consegue vencer essas dificuldades buscando auxílio nos amigos espirituais, conforme será mostrado no capítulo seguinte.
Cap.2 - Minibiografia (Resumo)
Regina havia sido um espírito lúcido desde as suas primeiras semanas de vida. Dotada de memória espantosa, tinha flashes de uma outra vida, anterior a essa. Não conseguia entender como, de uma hora para outra, tudo havia mudado. Tinha muita dificuldade em aceitar sua família e sua condição atuais.
Quando chegou à adolescência a situação se agravou: sua perturbação aumentou e sua negação da família se acentuou. Começou, então a fixar-se cada vez mais em suas lembranças como fuga à sua realidade. Como seus períodos de alienação estavam cada vez mais longos e freqüentes, acabou por consultar uma analista.
O analista, mesmo tendo formação espírita, manteve-se rigoroso em sua postura técnica e catalogou os fenômenos que Regina manifestava com os jargões de sua especialidade (psicanálise). Na verdade, a fenomenologia apresentada por Regina correspondia a um fenômeno chamado memória remota e que é anímico (próprio do espírito de Regina), pois era resultante da manipulação voluntária ou involuntária do seu próprio inconsciente. Porém, certamente tinha a participação de um componente mediúnico, uma vez que animismo e mediunidade são fenômenos conjugados e complementares.
A terapia não estava produzindo melhoras e o encontro real com uma das pessoas de suas visões (seu marido) terminou por agravar-lhe grandemente a situação. Nesse ponto, as visões já a estavam dominando e se impondo espontaneamente. Foi quando, em suas orações, começou a ouvir a voz de um amigo espiritual. Foi ele, com sua conversa nos momentos de recolhimento, quem a orientou, clareou seus pensamentos e lhe deu forças para prosseguir. Também através dessa orientação, entrou em contato com os livros da doutrina espírita e foi quando começou sua peregrinação por centros espíritas.
Hermínio Miranda discorre então sobre os fatores cruciais para um bom desenvolvimento mediúnico:
1- Teoria e Prática: Estudo teórico das questões pertinentes ao mediunato (quanto mais preparado o cérebro, melhor se torna o instrumento mediúnico) é de vital importância. Leitura indicada: Livro dos Médiuns e Livro dos Espíritos (ambos de Allan Kardec). Note-se que é recomendado o estudo aprofundado/ sistemático e não uma simples leitura.
2- Definições e Decisões: Mediunidade é uma faculdade natural, que se descobre, identifica e se aprende a utilizar para que dela se faça bom uso. Para tanto é fundamental a disponibilidade para a adoção de disciplina pessoal (mental e de comportamento), a qual possibilite a aproximação de verdadeiros amigos espirituais. Ela é um instrumento de trabalho e não de gozo pessoal; é para servir. O médium deve ter bem claro que se trata de uma responsabilidade e compromisso, a qual lhe exigirá dedicação, cultivo e sacrifício.
3- Reflexões sobre a Humildade: O médium deve ter humildade para realizar constante auto-exame a fim de identificar atitudes e pensamentos que deve mudar e os que deve manter e reforçar. Deve reconhecer também que é preciso haver disciplina, tempo e lugares certos para o exercício do trabalho mediúnico. Sua humildade também é necessária na aceitação de que sua tarefa não obedece a suas escolhas e preferências pessoais e que sua mediunidade, se esse for realmente o seu caminho, também não será aquela a que ele tiver mais simpatia; em suma, deve estar preparado para aceitar que tipo de contribuição efetivamente pode dar e sentir-se grato por ela.
4- Mediunidade como Trabalho de Equipe:
A faculdade mediúnica não se destina ao uso pessoal e exclusivo, mas para servir ao próximo. Além disso, o trabalho em grupo também é ferramenta para se evitar mistificações, uma vez que o grupo viabiliza trocas, onde se debate o teor das comunicações bem como o comportamento mediúnico e, através do exercício ordenado da mediunidade, possibilita uma maior atenção, harmonização e vigilância.
5- Riscos e Desvios: O exercício inadequado da mediunidade é quando ela é canalizada para a promoção pessoal desse ou daquele médium, desta ou daquela instituição. Na prática, normalmente isso leva a cobranças pelos serviços que deveriam ser ofertados voluntariamente ou ao endeusamento de um ou mais médiuns, aviltando suas vaidades e promovendo, ao invés do bem estar dos irmãos necessitados, a fascinação e a realização de verdadeiros shows, desvirtuando dessa forma a real essência da mediunidade.
6- O Médium e a Crítica: A crítica é necessária ao aperfeiçoamento do nosso trabalho, das nossas faculdades e de nós mesmos como seres humanos. O médium deve ser receptivo ao seu grupo de trabalho, não só depositando confiança para entregar-se ao trabalho, como também para debater seus resultados a fim de realizar correções e ajustes que visem o aperfeiçoamento de sua mediunidade. É necessário, portanto, ser receptivo às críticas que lhe são feitas por pessoas mais experientes e de maior conhecimento, ao mesmo tempo em que deve precaver-se com relação a crítica exagerada e, principalmente, a injusta, para que não venha a sufocar suas faculdades nascentes ou criar inibições insuperáveis devido a insegurança e desconfiança. É preciso também atentar para o contrário, ou seja, tomar cuidado com elogios bajuladores que poderiam indevidamente levá-lo a crer-se na categoria dos semi-deuses.
7- Crítica e Autocrítica: O autor nos orienta sobre como identificar as críticas construtivas e fundamentadas, bem como distinguir entre as palavras de estímulo e elogios bajuladores. Informa-nos que, para tanto, é imprescindível o estudo para sermos capazes de discernir aquilo que está de acordo com a doutrina espírita. Além disso, deve-se avaliar a própria conduta, ou seja, se está havendo cumprimento dos compromissos profissionais e pessoais, se está cuidando para desenvolver uma moral mais elevada no seu comportamento diário, se não se está cultivando vícios, se tem se dedicado ao exercício da prece com regularidade, etc.
8- O Crivo da Razão: É o bom senso aliado ao espírito crítico, na verificação da autenticidade e da natureza das manifestações mediúnicas. O autor alerta para a sedução que alguns espíritos de natureza infeiror exercem sobre médiuns e outras pessoas; são espíritos que querem impressionar através de fenômenos de pequena monta, revelações e elogios, para assim conquistar a confiança e a partir daí começam a impor regras e rituais, criando uma situação de cumplicidade que melhor seria definida como de dependência.
9- Excessos da Autocritica: A atitude crítica deve ser reservada para os resultados somente e não para bloquear o processo em si. O médium deve manter a livre circulação de idéias para dar espaço ao fenômeno mediúnico. Somente se os resultados forem verdadeiramente insatisfatórios, deve-se repassar os fatores envolvidos na instrumentação mediúnica, identificar o ponto defeituoso e efetuar as devidas correções. Além disso, o médium deve manter uma postura saudável de auto-confiança, mantendo o equilíbrio entre os dois (confiança e crítica vigilantes).
10- O Trabalho Mediúnico no Centro Espírita
Selecionar um bom grupo que se possa frequentar com regularidade e no qual encontre apoio, orientação e espaço para trabalhar, além de pessoas bem preparadas (teoria e prática mediúnicas) e dispostas a auxiliar o médium em seu aperfeiçoamento com orientação segura e tratamento compreensivo. Kardec e outros autores também nos dizem que, para propiciar uma maior unidade e consequente uniformidade de idéias, o ideal é trabalhar-se com grupos pequenos de médiuns, onde a harmonia é mais facilmente conseguida.
11- Os Espíritos são Gente: "Os espíritos não são brinquedos infantis, mas indivíduos dotados de um claro propósito na vida e que escolhem seus médiuns como a melhor instrumentação para alcançarem os objetivos que têm em mente". Acrescente-se também que, embora alguns estejam degraus acima e outros abaixo de nós, todos são seres humanos, não havendo justificativa para tratá-los como deuses e nem para tratá-los como seres desprezíveis.
12- O Médium e o Grupo:Palavras Finais: Não é tão fácil encontrar o grupo ideal e nesse caso sempre se faz necessária uma certa dose de humildade e flexibilidade. Se no entanto, as concessões forem muitas a ponto de descaracterizarem as singularidades do trabalho que as partes realizam, o médium deve procurar um outro local onde possa exercer suas faculdades. Uma observação importante, nos agrupamentos espíritas, é que a presença de um dirigente de tarefas mediúnicas consciente (e não insconsciente) é mais favorecedora para a tarefa que ele tem a desempenhar.
13- Que é Concentração? Tanto no fenômeno anímico como no mediúnico, o esforço da chamada concentração é uma das principais causas inibidoras do fenômeno. O relaxamento físico e mental é fator de primária importância para o desenvolvimento da mediunidade. Na verdade, a concentração é justamente esvaziar a mente de pensamentos e essa receptividade abre espaço para que o fenômeno, seja ele anímico ou mediúnico, se produza. Evidentemente, isso diz respeito basicamente ao fenômeno da incorporação, onde a mente tem que estar livre para deixar penetrar os pensamentos do espírito da maneira mais fiel possível.
14- De Novo a Passividade: A passividade é resultante do estado de relaxamento, entretanto, embora o médium deva ser um instrumento passivo, isso não significa inércia ou ausência de participação. A mediunidade deve, nesse sentido, ser o resultado de uma equação equilibrada entre permitir e vigiar, coibindo abusos não somente durante as manifestações em si como no discernimento do momento adequado para elas ocorrerem.
Cap.3 - Animismo (Resumo)
Animismo é a atividade da alma que engloba "todos os fenômenos intelectuais e físicos que supõem uma atividade extracorpórea ou à distância do organismo humano e mais especialmente todos os fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo" (Aksakof, Alexandre, 1983). Na codificação, ele aparece subentendido no Livro dos Médiuns, onde se menciona que, se é possível a um espírito encarnado realizar comunicações, enquanto espírito, conosco, fica claro que o espírito do próprio médium também pode se manifestar em uma comunicação. Exemplos de fenômenos anímicos: telepatia, letargia, catalepsia, morte aparente, sonambulismo, êxtase, dupla visão, contatos com outros indivíduos durante o desdobramento, etc.
Ressalte-se que não existe fenômeno mediúnico puro, uma vez que, para que ele ocorra, faz-se necessário um espírito encarnado e suas faculdades, portanto anímicas. O que varia nesse caso é o grau de fidelidade com a qual o médium irá transmitir a comunicação recebida. Uma manifestação anímica não invalida o espiritismo, pois seria uma decorrência natural da própria teoria e também não deve desmerecer o médium, que nesse momento necessita de compreensão e apoio fraterno. O que deve ser observado são as circunstâncias e os porquês dessa manifestação, bem como é necessário verificar se o fenômeno se trata mesmo de animismo ou se o médium está interferindo nas comunicações, porquê e qual a melhor maneira de ajudá-lo. Nesse último caso, as comunicações passam a ser fraudulentas, seja por ação consciente ou inconsciente do médium e o mesmo deve ser orientado. Ainda sobre a questão do animismo X espiritismo, o mais importante é que as mensagens transmitidas sejam avaliadas e, consequentemente, aceitas ou rejeitadas pelo que são em si e não por sua origem.
Cap.4 - Interação animismo/mediunidade (Resumo)
Cap.5 - Desdobramento (Resumo)
Cap.6 - Desdobramento como precondição do trabalho mediúnico (Resumo)
Cap.7 - Condomínio Espiritual (Resumo)
Hermínio Miranda comenta sobre um fenômeno involuntário de "ausência" que ocorria com Regina, período no qual era vista por outras pessoas e realizando atividades cotidianas mas do qual não tinha consciência e que com o passar do tempo ela conseguiu controlar com certa eficiência.
Inicialmente, para explicar essas ocorrências, ele as coloca como um fenômeno de bilocação, ou seja, deslocamentos do persipírito quando se emancipa da alma. Porém, a bilocação ou bicorporeidade é um fenômeno que normalmente ocorre com o corpo em repouso ou relaxado. Como no caso dela, a "ausência" também ocorria com o corpo em movimento e realizando atividades, ele propôs que se tratava de um fenômeno anímico de desdobramento junto com outro fenômeno, de cunho mediúnico, de incorporação.
O autor explicita então o que define como condomínio espiritual e coloca que a múltipla personalidade pode ser vista como um fenômeno dessa espécie. Ele define o termo como um acordo mútuo entre um grupo de espíritos autônomos, incluindo o de uma pessoa encarnada, no qual eles dividem entre si, o uso de um corpo e onde o espírito encarnado não preserva as lembranças do ocorrido durante sua "ausência" (a memória fica com o "invasor"). Acresenta que esse fenômeno pode ser mais ou menos pacífico.
Hermínio Miranda também nos alerta que para encontrar explicações para esse e outros fenômenos a melhor hipótese é normalmente aquela que nos oferece menor resistência, onde há uma economia de esforço, sendo então a hipótese mais provável.
Cap.8 - Clarividência (Resumo)
O autor coloca que a clarividência normalmente engloba um conjunto bastante vasto de manifestações, passando por percepções de memória, visão de desencarnados, autoscopia (visão dos órgãos internos), deslocamentos no tempo/espaço, premonição, flashes de intuição, gerando uma confusão sobre o termo. Ele propõe que se classifique a clarividência como o fenômeno onde há visão à distância, no tempo e/ou no espaço e que tal fato ocorre usualmente através de um desdobramento perispiritual, como por exemplo no fenômeno da janela psíquica. Trata-se portanto de um fenômeno anímico, ou seja, uma atividade do espírito encarnado, sem a participação dos espíritos.
Dessa forma, o autor distingue a mediunidade de vidência da clarividência. A vidência é um fenômeno mediúnico pois, como postula Kardec, faz-se necessária a intervenção de um espírito desencarnado para que ela ocorra, constituindo um intercâmbio energético e de vontades, sendo possível através da combinação de fluidos das partes participantes. É a faculdade de ver espíritos, seja em estado normal (acordado), sonambúlico ou próximo dele e que usualmente trata-se de uma crise passageira, não sendo permanente. Kardec inclusive recomenda que se espere o desenvolvimento natural dessa faculdade para evitar os perigos de superexcitação da imaginação (alucinações).
Hermínio Miranda complementa sua informações nos dando a saber que os órgãos físicos estimulados pelos espíritos para a produção de quadros/imagens e sons/vozes nos médiuns são respectivamente o diencéfalo e a cóclea.
Cap.9 - Psicometria (Resumo)
Cap.10 - Déjà vu (Resumo)
Déjà vu = o já visto.
O autor propõe três hipóteses para a ocorrência do fenômeno:
1) A pessoa viveu em determinado local com determinadas pessoas em uma encarnação passada e consegue identificá-los em alguma instância quando os reencontra;
2) A pessoa teve um desdobramento perispiritual anterior ao fato (em sonho, por exemplo) e viu com seu espírito, o que depois acaba vendo fisicamente;
3) A pessoa consegue deslocar-se também no tempo e antevê algo que está para acontecer e que quando ocorre é como se fosse um filme que assiste pela segunda vez.
Hermínio Miranda também fala em particular sobre o êxtase.
O êxtase é um fenômeno de desdobramento mais profundo, onde o espírito se torna mais independente.
Kardec nos fala sobre as complicações na análise das experiências ocorridas durante este fenômeno pois quando não dispomos de conceitos ou palavras adequados para compreender e relatar essas experiências, podemos ser levados a certas especulações que nada tem com o fenômeno em si. Citando Kardec, em Óbras Póstumas:
Há por vezes, no extático, mais exaltação que verdadeira lucidez, ou melhor, a exaltação lhe prejudica a lucidez, razão porque suas revelações são com frequência uma mistura de verdades e erros, de coisas sublimes e outras ridículas. (Kardec, Allan,1978)
Cap.11 - Mau-olhado (Resumo)
Hermínio Miranda nos alerta que a sabedoria popular é muito mais profunda do que pode parecer. Infelizmente, fenômenos de grande magnitude e importância continuam sendo vistos até hoje como meras superstições, quando, na verdade, tratam-se apenas de uma realidade não muito bem estudada.
O mau-olhado no sentido de um olhar poderoso capaz de murchar plantas ou causar incidentes e doenças não existe; o que existe são sentimentos desamornizados que canalizados por uma vontade (podendo esta ser consciente ou inconsciente), produzem distúrbios acentuados em plantas, animais ou pessoas. Essa emissão, na verdade, pode ser tanto para construir como para destruir, dependendo da intenção na qual o pensamento foi emitido (boa ou ruim). A pessoa não precisa ser necessariamente má para produzir esses efeitos desagradáveis, pois, como é sabido, sentimentos como cobiça e inveja não são positivos e são até bastante comuns. Além disso, o autor destaca que nem sempre a pessoa se dá conta de que gera essa descarga em outras pessoas.
Trata-se portanto de um fenômeno anímico (do espírito encarnado), que pode ser ou não potencializado pela presença de espíritos afins.
Cap.12 - Fenômenos de efeito físico (Resumo)
Cap.13 - Mediunidade (Resumo)
Cap.14 - Aura (Resumo)
Cap.15 - Psicofonia (Resumo)
Cap.16 - Semiologia da comunicação mediúnica (Resumo)
Cap.17 - Canais de comunicação: contribuição dos amigos espirituais (Resumo)
Cap.18 - Desenvolvimento (Resumo)
Cap.19 - O médium em ação (Resumo)
Cap.20 - Atividades paralelas e complementares (Resumo)
Hermínio Miranda fala sobre o trabalho de orientação espiritual e sua importância, comentando ainda que é um trabalho, infelizmente, pouco realizado pelos médiuns.
Trata-se de um trabalho mediúnico que consiste na consulta formal aos amigos espirituais. É justamente o que o nome diz, ou seja, uma sugestão dos espíritos que tem como base o conhecimento mais amplo da situação da pessoa, visando a um certo esclarecimento dos fatores implicados na causa da situação atual e, com base nessa compreensão, sugerem uma mudança de postura na pessoa ou naqueles que se encontram diretamente envolvidos com ela. Faz-se necessário um médium bem ajustado e que esteja sob o controle de espíritos responsáveis e esclarecidos para que o trabalho de orientação seja realizado com eficiência.
Interessante ressaltar que, raramente, os espíritos apontam para um caso de obsessão ou mediunidade embotada como geradores de distúrbios emocionais ou psíquicos e que, somente quando entendem que esse é realmente o caso, explicitam-no e dão sua sugestão. Além disso, uma vez que seu conselho está permeado por um conhecimento mais amplo, casos de gravidade podem ser explicitados e elucidados e os eclarecimentos são passados de acordo com o nível de entendimento e de desenvolvimento das pessoas envolvidas.
Cap.21 - Os carismas e a caridade (Resumo)
A caridade espiritual necessita do amparo da caridade material, que a sustenta, balanceia e complementa. Daí a importância de se realizar alguma atividade assistencial para quem se dedica ao exercício regular da mediunidade. O autor cita Paulo para ressaltar a importância da caridade e faz uma interessante observação de que a mediunidade não reside somente na comunicação com os espíritos, pois esta mediunidade auxilia àqueles que já tem noção da existência do lado espiritual e, uma vez que a caridade deve ser praticada com todos, a mesma atenção e carinho devem ser dispensados àqueles que ainda não se encontram convencidos dessa realidade, fornecendo encorajamento e esperança aos que ainda não tem o suporte da fé.
Para ilustrar isso, o autor cita algumas histórias onde o singelo ato de caridade de Regina (realizando enxovais para famílias pobres) acabou sendo crucial para reavivar esperanças e ânimo, mudar atitudes e auxiliar na tomada de decisões sérias na vida dessas pessoas.
Regina não se afinava com a idéia de caridade estatística. A filosofia de Regina para seu pequeno trabalho era dar com amor, roupas de qualidade, de vários tamanhos e em quantidade suficiente para que a família humilde pudesse ter fôlego para se reestruturar financeiramente. Ela tinha consciência de que acendia somente uma vela e, embora algumas pessoas acendam holofotes, há aquelas que passam a vida inteira sem riscar um só fósforo.